Cronica : Tic-Tac

Tic- tac. Tica-tac. Tic-tac. Parece que o relógio quer me fazer pressão, como se falasse "ei, você aí, tá chegando seu  dead line (termo usado para indicar o limite de horas para se entregar um trabalho, muito utilizado no meu ramo, jornalismo; Tempo final ; Tempo limite) ".
Olho fixamente para ele, fico pensando no quanto a vida passa depressa. Até ontem eu tinha 8 anos e esperava meus vizinhos tocarem a campainha exatamente as 18:00 para brincar de 'mamãe da rua', voltava com os pés cor-de-graxa e pedia ajuda para meu pai  lavar meus pés no tanque da área de serviço. Hoje, já não tenho mais meus 8, tenho mais que o dobro, quase o triplo. Os ponteiros continuam a girar, sem dó nem piedade, eles giram como um carrossel :  na mesma direção e depressa. 


A vida realmente tem prazo de validade. Cada ser humano tem a sua data de vencimento. Mas esses números não vem grafado em nosso corpo. Quanto tempo ainda temos para concretizar nossos pensamentos mais insanos? Não sei. Talvez as escolhas que fazemos, os caminhos que trilhamos e as atitudes que resolvemos ter, torna essa prazo maior ou menor. Você pode descriminar seus números de validade. Não é só o destino que controla isso.
As pessoas buscam aproveitar a vida da maneira mais correlativa. E falando sobre nosso 'prazo', não leve esse pequeno amontuado de palavras como algo pessimista vindo de uma mente egocêntrica e fértil demais, apenas perceba que o tempo faz pressão , todos temos nosso 'Dead-line'. Afinal, hoje é um dia a menos, ou um dia a mais?

Por: Gabriela Grigoletto, ou, como preferirem , 'autora amadora de bobagens instantâneas' 

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